domingo, 24 de junho de 2007

Ave Robert Plant


Tenho os sentidos já dormentes. O corpo quer, a alma entende... Muito legal a letra de um som que exprime a minha vontade de beber a vida que às vezes me sacaneia. Não uma vida sacana, mas pessoas sacanas que merecem mais uma cerveja ou qualquer outro absinto leve da vida... Teremos coisas bonitas pra contar. Temos muito ainda por fazer. Apenas começar e não olhar pra trás. Foda-se o medo de ver as pessoas como monstros e viva o prazer de dizer que tenho amigos de fé. São muito poucos (poucos mesmo) mas são amigos. Queria vociferar a minha revolta com os meus vizinhos deste prédio que não entendeu as minhas músicas mais altas (tudo bem que eu não rolei o Calypso deles). Será que o 'não Calypso' foi o meu erro?! Foda-se!!! Eu espero que na outra vida da gente todo mundo volte curtindo e rolando Vivaldi. Esse sim deve ter sido completamente mal interpretado nessas rodas de cerveja barata com churrasco de chã de dentro sem osso. Só queria deixar registrada a minha ironia... Mas ainda acho o Led Zeppelin a cura pra todos os males. O mundo começa agora and the song remains the same... Ave Robert Plant!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A explicação do "calor" que vem do som tirado do vinil. Artigo do site portuga Urbi et Orbi...


Opinião


Som analógico vs. som digital



Há uns dias um cohecido meu perguntava-me se eu tinha determinada banda sonora, que ele queria ouvir (the virgin suicides, dos Air, para os mais curiosos). Eu disse-lhe que sim, que tinha, mas que era em LP e não em CD. Parecia que tinha falado em servo-croata. "Em disco? Mas... em vinil? Isso ainda existe?". Pois é, para espanto do tal rapaz e para espanto se calhar de alguns dos leitores deste texto, o vinil não só não morreu como recomenda-se mais do que nunca. Actualmente quase todas as bandas estrangeiras editam os seus álbuns em vinil, ao mesmo tempo que a edição em CD, obviamente. Óptimo. Bandas portuguesas, quase nada. Que eu tenha conhecimento só mesmo os Belle Chase Hotel. No entanto a 'moda' parece estar a pegar pois cada vez mais pessoas parecem estar a aderir (pela primeira vez ou de novo) ao vinil.

Cabe aqui uma explicação sumária das diferenças entre o som analógico (presente, por exemplo, num disco em vinil) e o som digital (presente, por exemplo, num CD.) Sumária pois não é aqui o local apropriado para me alongar e, temo, por não ser um especialista na matéria.
O som é uma onda, ou melhor um conjunto de ondas que atravessam o espaço. Essas ondas são medidas em hertz, inicialmente, mas para o caso em kilohertz (kHz). O som vai, em termos leigos, de muito grave a muito agudo. A distância que vai do som mais agudo ao mais grave é gigantesca. Seja só voz humana ou uma orquestra de 200 pessoas, uma gravação áudio contém uma quantidade enorme de informação. Esta informação reporta-se a uma amplitude sonora IMENSA, e só estou a falar daquela que os humanos captam, que não é toda. Um disco em vinil, quando prensado numa boa fábrica e cujo material sonoro venha de boas fitas analógicas, contém TODA essa informação. Toda. Por isso, quando se ouve um bom vinil ouve-se TUDO o que a banda gravou. Tudo o que eles ou elas queriam que nós ouvissemos. Um mau vinil terá praticamente tudo também, simplesmente não com a clareza e o brilho original. Eis o som analógico. E o som digital? Bem, por 'digital', e neste caso específico, compreende-se informação processada informaticamente e convertida em linguagem binária (zeros e uns). Acontece que a informação ocupa ESPAÇO e a informação áudio ou vídeo ocupa mesmo MUITO espaço. Nos finais dos anos 70 os engenheiros da Phillips (holandesa) e da Sony (japonesa) tentavam desenvolver um sistema sonoro baseado num medium que fosse mais pequeno que o LP, comportasse tantos ou mais minutos de música e que cuja produção ficasse barata. Assim desenvolveram, mais ou menos a meias, o CD (compact-disc, o nome diz tudo), um suporte que permitia conter até 74 minutos de música com uma qualidade, afirmavam, perfeita, e melhor ainda, eterna. Tinhamos portanto som altamente e prá vida toda. Os primeiros anúncios para televisão aos CD's reforçavam esta mensagem até ao absurdo, colocando um cão a apanhar, com os dentes, um CD atirado pelo dono. Este colocava-o a seguir no leitor e o CD estava impecável. :)

Mas o que faz o CD (ou melhor, o som digital) ser pior que o vinil? Bem, a questão é até bastante simples: o mapa não é o território. O som, como foi referido atrás, é quase infinito na sua amplitude. A informação digitalizada em 0's e 1's não pode conter toda essa informação porque se o fizesse cada CD levaria meia dúzia de minutos de música. Assim sendo, o que é feita é uma AMOSTRAGEM digital, isto é, selecionam uma amplitude determinada (no caso do CD, 44 ou 48 kHz) e é só isso que vai parar ao CD. Tudo o resto é cortado. Tudo o resto. Assim, não admira que, em casos como o álbum criticado esta semana, 'OK Computer' dos Radiohead, tenhamos mais sons no vinil do que no CD. Tão simples quanto isso. Seja como for, o mais usual é não faltarem sons nas músicas, mas antes a sensação que fica no ouvinte perante os dois suportes. Os seres humanos, até prova em contrário, são analógicos, não são 'digitais', e por isso reagem melhor ao som analógico. Se ouvir o mesmo álbum, nas mesmas condições e com material de igual qualidade, muito provavelmente preferirá ouvir em vinil. Testes 'cegos' (isto é, sem que os testados soubessem qual era o CD e qual o vinil) tiveram os resultados que se esperaria - a grande maioria das pessoas prefere o vinil. O som em vinil é quase sempre descrito como mais 'quente' e mais 'profundo'. O som digital, quando comparado com o analógico, é descrito usualmente como mais 'frio' e 'linear'. Num outro teste, feito em discotecas americanas, foi descoberto que os clientes ficavam até mais tarde naquelas em que eram utilizados discos em vinil em vez de CD's. A razão para isto é que de facto os 48 kHz da amostragem que é feita não chegam, pois não atingem as frequências mais altas e mais baixas, ficando-se pelas centrais. As frequências mais baixas (graves) são muitas vezes inaudíveis mas MEXEM connosco, definem a percepção do som, e ficar sem elas é não ter o quadro todo à nossa frente.

Por fim, e apesar de ser uma razão talvez menor, há que referir o trabalho gráfico. Um LP é ENORME, e a capa do disco é GRANDE. As fotos dos ídolos são MAIORES e as letras não ficam em corpo 8! Em relação à aquisição de gira-discos e dos discos em si, o cenário está cada vez melhor. Algumas das megastores em Lisboa e Porto já começam a ter (e encomendam se o cliente pedir) as edições em vinil dos álbuns que vão saindo. Existem ainda lojas da especialidade, mas só nas grandes cidades. Quem tiver acesso à internet e um cartão de crédito, só precisa de ter dinheiro na conta. A maior parte das grandes lojas on-line tem uma secção bem recheada de vinil e existem, claro sites epecializados. Em relação ao 'hardware' :), está disponível nas lojas de alta-fidelidade (se bem que num hipermercado pode comprar um gira-discos sony por 15 contos), de 50 contos até ao infinito. Se, tal como eu, não tiver ouvido de purista, qualquer gira-discos de qualidade serve. O meu é o da foto, custa 80 contos e é uma BOMBA! O mercado em segunda mão também é para ter em conta, pois arranjam-se gira-discos clássicos EXCELENTES a uma parcela do preço que valem. Se depois de tudo isto não ficou convencido, ÓPTIMO! O vinil de facto não presta e tudo o que tem a fazer é dar-me todos os LP's que tiver aí em casa que eu vou busca-los de borla. Sou amiguinho ou não sou?

terça-feira, 12 de junho de 2007

A Dança da Moda


Lá nos confins do mangue, pros lados da Raposa, na famosa praia do Araçagi (olho de porco), um pedaço do paraíso escondia-se num sítio onde alguém completava 30 anos... Nada combinava tanto com aquele clima perfumado por incensos que o som visceral do 'Cordel do Fogo Encantado', o 'no service' do meu celular e temas manguebeat. O 'DJ Dolores' e sua 'Orquestra Santa Massa' ditaram regra ao mostrarem que a 'Dança da Moda' era realmente a música oficial de toda aquela linda loucura. No meio de toda aquela excitação 'As Frenéticas' ordenavam que todos soltassem suas feras e 'Sidney Magal' declarava seu amor incondicional àquela galera eufórica e apaixonante. Não sei que horas voltei pra realidade, só sei que acelerado o bastante para não conseguir dormir e ainda ensaiar uma sequência para a galera que me trouxe em casa. Só posso dizer que valeu muito e que o case de CDJ's ta se pagando muito bem com satisfação musical. Eu bem que poderia, mas não quero deixar de ser DJ; não mesmo. Só tenho a dizer que foi muito massa... Mas será que essa moda vem mesmo de Sergipe?!
DJ Franklin

quarta-feira, 6 de junho de 2007

E agora?!


Bem amigos da pista de dança, e agora? O que eu posso dizer é que não sabia que poderia ser tão rápido criar um blog para exprimir as sensações que tenho do lado 'no dance so music' de uma festa. Mas vai aqui uma dica: aguardem que esta página em construção vai ser uma amostragem de todas essas sensações, idéias malucas, agenda, postagens de amigos e claro, muita masturbação musical e detalhes apaixonados de equipamentos e discos (principalmente vinis). Amo todos vocês!
DJ Franklin